Turquia participará da revitalização do setor de petróleo e gás da Síria
Em um movimento estratégico que pode redefinir as relações regionais, o governo da Turquia anunciou planos para revitalizar a produção de petróleo e gás natural na Síria, sinalizando uma nova fase de cooperação econômica entre os dois países. Esse passo é considerado crucial para os esforços de reconstrução da economia síria e para o fortalecimento da posição da Turquia no Oriente Médio.
A guerra civil na Síria, que devastou o país desde 2011, não só destruiu grande parte de sua infraestrutura econômica, mas também afetou diretamente os interesses estratégicos da Turquia, que agora busca reposicionar-se como um parceiro essencial na reconstrução. Além de apoiar a recuperação da infraestrutura energética, as autoridades turcas estão focadas em suprir as crescentes necessidades de eletricidade da Síria, agravadas por mais de uma década de conflito.
Alparslan Bayraktar, Ministro de Energia da Turquia, afirmou que o governo está explorando o uso de petróleo e gás natural para impulsionar a recuperação síria. “Nosso objetivo é avançar com esses projetos”, destacou o ministro, deixando claro o compromisso da Turquia com a estabilização econômica da Síria.
Atualmente, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, trabalha para manter relações construtivas com grupos que representam o governo interino da Síria, o que pode garantir que empresas turcas obtenham uma posição privilegiada na reconstrução do país. Ao se envolver nesse processo, a Turquia não só visa fortalecer sua influência regional, mas também criar oportunidades lucrativas para suas empresas, especialmente nos setores de energia e infraestrutura.
Essa cooperação estratégica não apenas pode revitalizar a economia síria, mas também abrir caminho para projetos conjuntos de infraestrutura, como a construção de oleodutos e gasodutos conectando a Síria aos portos turcos, enfatizou Bayraktar. Atualmente, a produção de petróleo da Síria é estimada em 30.000 barris por dia, representando apenas 5% da produção registrada há 20 anos, conforme indicaram as autoridades turcas.