Goldman Sachs prevê um cenário promissor para o PIB chinês
A decisão do Goldman Sachs de elevar as projeções de crescimento da China reflete um otimismo cauteloso em relação às recentes medidas de estímulo do governo chinês. O banco agora projeta que o PIB chinês crescerá 4,9% este ano, uma revisão para cima de 0,2% em relação à previsão anterior. Para o próximo ano, os analistas esperam um crescimento de 4,7%, ante a projeção anterior de 4,3%. Essas informações foram divulgadas pela Bloomberg, citando analistas do Goldman Sachs.
Esse otimismo é atribuído às recentes ações de estímulo econômico, que demonstram uma mudança de foco das autoridades chinesas para impulsionar a economia doméstica, em vez de promover ajustes meramente estatísticos. Economistas apontam de forma positiva que o governo está, enfim, concentrando esforços em um desenvolvimento econômico sustentável.
Mas o que motivou essa revisão nas previsões? Desde o final de setembro, Pequim vem considerando medidas para combater a desaceleração econômica resultante do consumo retraído e das pressões deflacionárias. O Ministério das Finanças anunciou recentemente a intenção de ampliar o orçamento para fomentar o crescimento econômico. Embora os gastos dos consumidores ainda não apresentem sinais de expansão, o que os especialistas consideram crucial para combater a deflação, parece que a China possui algumas estratégias adicionais guardadas.
Informações extraoficiais sugerem que as autoridades locais planejam liberar 2,3 trilhões de yuans (aproximadamente 325 bilhões de dólares) no último trimestre. Segundo o Goldman Sachs, esses recursos serão destinados a diversos projetos, o que deve impulsionar a economia um pouco além do previsto.
Além disso, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma anunciou na última semana a intenção de aprovar projetos de investimento no valor de 200 bilhões de yuans até o fim do mês. Essas iniciativas fazem parte de um esforço para aproximar o PIB da meta de 5%.
No entanto, o Goldman Sachs alerta que a situação não é totalmente favorável. Embora essas medidas possam contribuir com 0,4% para o crescimento no próximo ano, isso apenas compensará parcialmente uma queda de 1,9% decorrente da desaceleração nas exportações e da crise imobiliária. As questões estruturais da China permanecem sem solução, razão pela qual o Goldman Sachs optou por não alterar suas projeções para 2026.