Os derivados de petróleo se tornarão obsoletos até 2025?
Parece que o mundo está prestes a vivenciar uma transição energética significativa, com a Agência Internacional de Energia (AIE) prevendo um declínio na demanda global por petróleo. A AIE antecipa que, no futuro, o petróleo será tão acessível quanto uma xícara de café, enquanto a demanda por combustíveis fósseis está próxima de atingir seu pico. Vamos imaginar o cenário: motoristas de todo o mundo correndo para trocar seus veículos por carros elétricos, deixando o petróleo obsoleto, como um velho disco de vinil — uma lembrança de tempos áureos.
Segundo Fatih Birol, diretor-executivo da AIE, a comunidade global está se encaminhando para "um mundo energético completamente diferente". Então, será que este é o momento ideal para reduzir a produção de petróleo bruto e investir em energia verde? Os investimentos em energia limpa devem ultrapassar dois trilhões de dólares em 2024, representando quase o dobro dos investimentos em combustíveis fósseis. Além disso, os painéis solares e as turbinas eólicas estão se consolidando como as principais tendências energéticas.
A AIE estima que a demanda mundial de petróleo atingirá o pico em 2030, com cerca de 102 milhões de barris por dia, e começará a diminuir gradualmente, chegando a modestos 99 milhões em 2035. Por outro lado, os veículos elétricos, os "salvadores" do planeta, estão gradualmente substituindo o petróleo em sua importância no setor de transporte.
Quanto aos preços do petróleo, se a tendência atual continuar, poderemos ver o petróleo sendo negociado a cerca de US$ 75 por barril até 2050. No entanto, se os governos realmente se comprometerem a reduzir as emissões, poderemos observar uma queda drástica nos preços, possivelmente para US$ 25 por barril.
Curiosamente, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, tem uma visão otimista, acreditando que a demanda por petróleo crescerá de 1 a 2% ao ano, alcançando 120 milhões de barris por dia até 2050. Entretanto, o crescente interesse pelos veículos elétricos parece contradizer essa previsão.